Acabou-se o sonho! Portugal está fora do europeu! Confesso que desta vez não me entusiasmei o suficiente. Parece que o país também não. Este tipo de competições tem habitualmente um poder embriagador e hipnotizador sobre os portugueses. Esquecemos-nos durante uns dias que a vida está má, que o preço dos combustíveis nos asfixia, que as taxas de juros nos chupam até ao tutano, que temos uma classe politica medíocre, que temos os Albertos João, os Valentins, os Isaltinos e outros que tais.
Desta vez não! Desta vez os portugueses não saíram apenas para agitar bandeiras e gritar por Portugal, desta vez gritaram também por justiça social, por uma melhor distribuição da riqueza, por medidas compensatórias, ou não fosse Portugal também o pais dos subsídios. Desta vez vieram para a rua os camionistas, ficaram em terra os armadores, perdão os pescadores! Gritaram também os produtores de leite, os agricultores e tivemos até um buzinão.
Se o governo pensava que ia ter descanso enganou-se, se pensava que íamos ser campeões europeus e que podia folgar até final do mês enganou-se!
Os portugueses têm traços maniaco-depressivos. Descem da euforia à desgraça em segundos. Amanhã vão dizer mal do arbitro, do Scolari, vão criticar o pobre do Ricardo e o triste do Paulo Ferreira. Vão acordar e dizer que isto está uma merda, que este país é uma merda, que têm uma vida de merda! E não é que têm razão!!!!
1 comentário:
Eita... na muche. Mas sem sonho. Se houvesse vitórias, porreiro, sem vitórias, porreiro na mesma. São 90 minutos e depois a realidade, em alguns suspensa, continua. A minha energia estava mais direccionada para os problemas que tenho que resolver, como por exemplo pagar segurança social, mesmo que não trabalhe, abespinhar-me com a erse que quer passar para os consumidores os incobraveis da edp - vou propor-lhes que partilhem tb os lucros - que achas !?
Com este estado de coisas não há pachora para futebóis. Nem fico deprimido nem contente... a merda segue dentro de momentos...
E Viva a Irlanda.... porreiro pá
Ergo a minha taça, e, voltarei decerto!
Aquele abraço
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