quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Foge foge, Cavaco foge




O professor Cavaco Silva é um homem muito particular. E Portugal, nestes momentos difíceis e decisivos relativamente ao seu futuro enquanto nação independente, necessitava de um homem deste tipo arrojado. A vida está difícil mas ele não se deixa amedrontar. Apesar de não ganhar para as despesas, o que só por si gera uma imensa adrenalina, ele precisa ainda de mais adrenalina e maiores desafios. Se não os encontra inventa-os. É o tipo de homem que não precisa de inimigos. Ele próprio se encarrega de dificultar a sua já triste e difícil existência. Este homem castiga-se pelo menos uma vez por mês. Desconfiasse até que pertenca a uma qualquer ordem religiosa que impõe aos seus seguidores a auto-punião como caminho para a salvação. O mês passado enterrou-se com aquela coisa de não ganhar para as despesas. Este mês acaba de dar mais um tiro no pé ao anular, meia hora depois da hora marcada, uma visita à Escola António Arroio. E fez muito bem. O homem é destemido mas não abusemos. Quem se atreveria a enfrentar um bando 200 perigosíssimos putos com uns cartazes na mão a reclamar por um refeitório e contra o aumento do passe dos transportes públicos?
Alegou “um impedimento”. Pensasse que terá sido uma valente caganeira. Nada contra, mas pelo menos deveria ter avisado os miúdos, para que eles não estivessem para li aos gritos em vão e ele à rasca na casa de banho!
Por este andar o homem não pode sair de casa. Para a próxima serão os perigosíssimos funcionários públicos ou os professores a protestar e o homem tem que ter os seus cuidados! Em Belém já se pensa requisitar o serviço de apoio domiciliário de um IPSS qualquer para servir refeições no seu quarto. A ele e à sua Maria. Outros defendem que se deve adquirir um papa móvel ao Vaticano à prova de bala para proteger tão ilustre personagem.
A primeira figura de um estado, mesmo tratando-se de Portugal, tem que se proteger, que isto de viver da triste reforma e rodeados de conflitos sociais é muito arriscado. Bem dizia ele que não era político e que apenas foi fazer a rodagem do carro à Figueira da Foz. Ele avisou, como sempre avisa aliás! Nós é que não acreditamos!

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